escolho amar.

A densidade e o jeito com que amamos os irmãos modela a densidade e o nosso jeito de amar e comungar com Deus.

A Primeira Carta de São João diz que Deus é amor (1 Jo 4,7). Como o Homem foi criado à imagem de Deus, então temos de dizer que os seres humanos estão moldados para o amor. O amor é o único dinamismo capaz de estruturar a pessoa humana de modo equilibrado. Quando amamos o irmão, este apercebe-se de que uma porta se abriu para si. Nasce nele uma nova força, pois começa a sentir que tem alguém com quem pode contar.

Quando se sente amada, a pessoa sente-se mais forte e cresce nele a confiança e a auto estima. Muitos dos problemas do ser humano, ao sentir-se amado, começam a encontrar solução. À medida que o nosso amor se torna universal, tornamo-nos capazes de eleger os outros como irmãos para lá da língua, da raça, da cultura e da nacionalidade. Nestes momentos, o nosso coração sente-se capacitado para participar de modo mais perfeito na comunhão universal do Reino de Deus.

Jesus pede-nos para amar com este sentido de universalidade, a fim de todos caberem nas nossas atitudes de amar e bem-querer. Eis alguns dos ensinamentos que Jesus nos faz no evangelho de São Mateus: “Se amais apenas os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Os publicanos também fazem o mesmo. Se saudais apenas os da vossa raça, que fazeis de extraordinário? Não fazem assim também os pagãos? Sede perfeitos no vosso modo de amar, tal como o vosso Pai do Céu é perfeito” (Mt 5, 46-48).

Os cristãos estão chamados a amar com amor caridade, isto é, a viver a dinâmica de bem-querer com uma medida universal. O amor caridade torna-nos semelhantes a Deus, pois é com este jeito que Deus ama. 

Quem não ama os irmãos, diz a primeira Carta de São João, não é capaz de conhecer a Deus, pois Deus é Amor: “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, pois o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus. Aquele que não ama não chega a conhecer a Deus, pois Deus é amor” (Jo 4, 7-8).

O amor não é uma teoria. Pelo contrário, traduz-se sempre em gestos e atitudes concretas para com aqueles que elegemos como os irmãos.


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